Nos últimos anos muito estudos têm sido desenvolvidos na área do exercício físico e saúde nomeadamente na oncologia. É consensual o benefício da prática de exercício físico na prevenção do cancro. Mas aquilo que agora sabemos é que ele é igualmente essencial durante e após a doença.

Infelizmente ainda subiste a crença de que a pessoa com doença oncológica deve descansar. Mas, se este exercício for devidamente adaptado a cada fase da jornada da doença oncológica ele é um grande aliado no tratamento, trazendo benefícios na redução da fadiga associada aos tratamentos, redução da ansiedade e da depressão, melhoria da autoestima e um melhor funcionamento físico contribuindo para melhorar a qualidade de vida nesta fase da doença que tantos desafios traz.

Após os tratamentos, a realização de exercício físico por parte dos sobreviventes oncológicos está associada a uma diminuição do risco de ter uma recidiva, diminuição da mortalidade e melhoria da qualidade de vida.

Com todos estes benefícios, acreditamos cada vez mais que o exercício físico deve passar a ser prescrito pelos médicos a todas as pessoas com doença oncológica independentemente da fase em que se encontram.

As recomendações gerais são de pelo menos 150 minutos de atividade física de intensidade moderada ou 75 minutos semanais de intensidade vigorosa (American Cancer Association).

O acompanhamento por parte de um profissional qualificado pode ajudar a diminuir os receios por parte das pessoas com diagnóstico oncológico e dos próprios profissionais de saúde que se poderão sentir mais seguros para fazer estas recomendações que tantos benefícios trazem à saúde deste grupo.

By Andreia Costa, enfermeira, instrutora de Yoga na Aim Cancer Center (https://aim.clinic/.pt        Instagram: @aimcancercenter).

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